Silhueta de um pagode em uma colina ao pôr do sol. Fotografia de Cheung HoKit. Disponível em Unsplash (2023)
Esta semana já me deu mais ansiedade. Já fiquei mais inseguro com o meu ritmo lento e tanta coisa que posso fazer e estudar, a ponto de me paralizar. Como venho falando nas últimas publicações, o que pode intensificar essa ansiedade e consequente paralização é exatamente o fato de não ter tempo para procrastinar. E depois de tanto e tanto tempo nessa roda infinita de procrastinação, é tempo de mudança real, completa e permanente. Como no último post, vi minhas dificuldades com o YouTube, aquelas 34h semanais realmente me impactaram muito. Tirei o app do YouTube do celular, do tablet, e o bloqueei ao longo das 7h às 18h no computador. Vejo raramente algo no YouTube, com certeza das quase 6h a 7h diárias, hoje não deve passar mais de 1h.
Mas enfim, isso é um ótimo avanço, mas preciso de muito mais. Além de não se dispersar com uma rede social, preciso estudar. São tantos erros que me levam à procrastinação que decidi “recomeçar do zero”, assim como o novo álbum do Linkin Park, From Zero… Então. O que são essas novas mudanças? Acho que tudo começou com o YouTube e minha maior disposição desde então. Logo, pensei que preciso refazer muitas coisas. Primeiro: depois de quase um mês, retorno à psicóloga (tivemos contratempos, tanto eu quanto ela viajamos no mês de maio). Isso já é um ótimo sinal. Mas nas últimas sessões eu estava muito no automático (sem ter feito as leituras). Na verdade, estamos lendo um livro desde o fim do ano passado, um livro para o terapeuta e o paciente realizarem conjuntamente. E eu tinha lido uns 70% do livro lá de dezembro a janeiro, e desde então nunca mais o tinha pego pra ler de fato. E isso estava me gerando ansiedade pela minha inércia. E hoje, um dia antes da consulta (escrevo na quarta-feira), eu peguei, reli 70% do livro que já tinha lido, e li mais um capítulo.
Essa leitura hoje, mesmo que tenha sido rápida, pouco mais de 1h, foi ótima para me relembrar de vários aspectos de se lidar com o TDAH. E assim sigo firme e forte com as técnicas para lidar com o TDAH ainda mais frescas na minha mente. Na sessão de amanhã relatarei todos esses pontos com ela. E não só isso, aproveitei ontem e hoje para iniciar duas leituras – como estou com pouco tempo, é claro que o objetivo é ler bem devagar ao longo dos dias. Uma é a leitura que me iniciou no universo das filosofias orientais e, em especial, do Buddha-darma ou budismo. O livro é chamado “Budismo – Claro e Simples“, de Steve Hagen, talvez o único livro de um ocidental sobre o tema que eu já tenha gostado. Esse livro eu já o li na íntegra, e foi essencial para minha formação. O outro é um novo, que comprei recentemente, acho que no meu último voo. Chama-se Bhagavad-gītā, de Krishna Dvaipāyana Vyāsa, também conhecido como Vyāsa ou Veda-Vyāsa (वेदव्यास, aquele que classificou os Vedas em Quatro Partes). Esse é o segundo livro hindu que leio, o primeiro faz muitos anos e é chamado Astravakra Gîta Avadhuta Gîtâ, o que acredito que tenha sido dois livros em um, de Alexandra David-Neel, pelo nome ocidental, claramente não é a autora original. A curiosidade é que li esse(s) livro(s) em espanhol, após comprar em um sebo em Buenos Aires (duas coisas: acho que foi a 1° vez que comprei livro de sebo; e me impressionei com o quanto de livrarias e sebos tem em Buenos Aires). Na época não tinha gostado tanto, pois meu intuito seria ler leituras do Buddha-darma ou do Taoísmo que fossem mais filosóficas, e achei o livro hindu mais religioso num sentido mais tradicional e de costumes. Obviamente isso não é uma crítica ao livro, apenas uma diferença das leituras que eu fazia na época.
Bem, essas leituras sempre foram para mim essenciais para momentos difíceis. Na pior parte da minha vida, os momentos mais depressivos, foi na academia, no esporte do fisiculturismo, assim como nas Relações Internacionais e nas leituras budistas e taoístas que me davam luz e alegria. Reler esses livros após tantos anos não são apenas ler livros que tenho interesse. É me alegrar com os conhecimentos milenares que já me ajudaram antes e já estão me ajudando agora. É relembrar que para todo problema (ansiedade, procrastinação, TDAH) há uma solução. A calma da mente e as práticas meditativas, foram absolutamente essenciais para minha saúde mental nos períodos mais difíceis. Mas não precisamos nos apegar ao que nos ajuda apenas na pior dificuldade, né? Hoje em dia estou bem melhor. E mesmo estando bem melhor do que naquela época, eu posso muito bem ler essas leituras, meditar e acalmar a mente. Já me sinto mais em paz. E que eu siga assim. Tenho muito o que estudar, mas eu também tenho muito tempo, e tenho toda uma estrutura de suporte. Tenho minha família, amigos, minha namorada, psicóloga, leituras e autoconhecimento. São todos instrumentos importantes que me ajudam. Então, vamos lá. Pois aqui é O Tao do Diplomata, o caminho que trilho para alcançar meu objetivo. E quero estar no caminho correto.
Pendências Gerais
– Atrasos em Economia (OK)
– Atividades discursivas de Inglês
– Cards REPI
– Cards Direito
– Gravar curso de História do Brasil
– Apertar os meus óculos (OK)
– Comprar remédio de concentração (OK)
– Organizar tudo que tenho de revisão!
– Utilizar a verticalização do Edital?
Atividades ao longo da semana
– Atividade de Francês