Pope Francis meeting the Thai Buddhist monks from the Wat Phra Cetuphon temple in Bangkok (Thailand)  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Caros, bom dia. Gostaria de escrever um pouco para espairecer a cabeça. Acredito que entrei numa rotina um pouco robótica recentemente, e com isso acabo que estou um pouco cansado. Mas bem, vamos lá. Uma coisa que me entristece um pouco é ver que estou fazendo alguns posts aqui em O Tao do Diplomata, mas está tudo muito mecânico, eu faço as atividades mas não as ponho na seção de “feito“. Eu pareço sempre cansado, com muita coisa pra fazer e acabo que me desligo de escrita e vou para conteúdos de fácil absorção: ficar deitado vendo vídeos no YouTube. Mas bem, no meu processo terapêutico, sou convidado inúmeras vezes a quebrar a rotina do automatismo. Não posso viver no automático, por um motivo óbvio:

Se o automático (minha rotina) não me instiga a estudar mais, pelo contrário, me leva à procrastinação, à tristeza e insatisfação, o que me leva a crer que devo manter a rotina?

Quebrar a rotina é algo pesado para todos nós. Não é tarefa fácil pra ninguém. Quanto mais tempo você teve para estabelecer sua rotina, mais tempo necessitará (e consequentemente mais esforço) para quebrar a rotina. Bem, se quebrar rotina fosse tarefa fácil, acredito que poucas pessoas nesse mundo seriam frustradas ou insatisfeitas consigo mesmas. Assim, eu preciso mudar, e com muito esforço.

Se estou sentado após uma sessão de estudos, começo a ficar cansado, é normal que você pause um pouco para descansar. Uma pausa que pode durar 10 a 30 min, estende-se por 2h. Eaí o tempo que era suficiente já não é mais para fazer todas as suas atividades. O desespero começa a tomar conta, você só faz parte das tarefas, e pensa que isso é um ciclo sem saída. Você faz isso há mais de década, como mudaria agora? Então, aceita, como sempre aceita, que não consegue fazer nada naquele dia, e finge que não se preocupa com as atividades acadêmicas que deveria estar realizando quando está deitado consumindo um vídeo.

O relato acima é forte, e eu o sinto quase que diariamente. Mas é aquilo que falei acima: se o hábito fosse fácil de quebrar, ninguém sofreria com isso, não é mesmo? Em inglês há um ditado que diz: “old habits die hard“.

[…] I don’t want to be the one
The battles always choose
‘Cause inside I realize
That I’m the one confused

I don’t know what’s worth fighting for
Or why I have to scream
I don’t know why I instigate
And say what I don’t mean
I don’t know how I got this way
I know it’s not alright
So, I’m breaking the habit
I’m breaking the habit tonight

Clutching my cure
I tightly lock the door
I try to catch my breath again

I hurt much more
Than any time before
I had no options left again

I don’t want to be the one
The battles always choose
‘Cause inside, I realize
That I’m the one confused

[…] I’ll paint it on the walls
‘Cause I’m the one at fault
I’ll never fight again
And this is how it ends

Essa letra é da música Breaking the Habit do Linkin Park, minha banda favorita. Gosto de ouvi-la e refletir sobre o que ela diz. É muita coisa interessante e que pode me ajudar a achar um caminho. Essa música me ajuda, abrir meu coração para a Gi me ajuda imensamente também, assim como a terapia está me ajudando. São os passos que tomo diariamente para lutar contra esse vício de procrastinação. Muitas vezes eu me sinto mais fraco e parece que a procrastinação me vence. Às vezes, eu pareço o vencedor. Mas é aquilo… independente de quem ganha a batalha, o que vale é o vencedor da guerra. No fim, quero vencer essa dificuldade. Infelizmente é uma guerra longa que travo, mas c’est la vie

Olho para o horizonte e a aproximação do concurso me assusta. Depois, vejo que tomei as melhores opções para lidar com o TDAH/procrastinação, e que estou fazendo o possível! E que se houvesse solução tão rápida, eu já teria feito. Necessito dar tempo ao tempo. Ter claramente na cabeça que está tudo bem pois estou fazendo o possível.

Mas preciso de força. Muita força. Forças diariamente para me afastar de tudo que afeta meu déficit de atenção. Rezo a Maria, ao finado Papa Francisco por intervenção divina para me ajudar. E ao Papa, agradeço por me dar forças em todo esse caminho, foi um homem santo que me inspirou todos os dias de seu papado.

Bem, preciso de força, e além de tudo que faço pra buscar tal força, ainda há a força divina que me ajuda. Rezo e oro para que eu seja conduzido por Jesus ao caminho correto para vencer o mal da procrastinação.

Amém.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *